quarta-feira, 24 de abril de 2013

Pai, figura importante na educação dos filhos


É um grande desafio educar filhos numa cultura como a nossa em que a instituição família se encontra em crise e as relações entre pais e filhos têm se tornado bastante problemática. Antigamente a participação do pai na educação dos filhos se limitava a impor ordens e disciplina.
Certamente um agravante para a desestrutura familiar da sociedade atual é a ausência dos pais na infância dos filhos, principalmente o pai. A ausência paterna pode gerar crianças desobedientes, inseguras e autoritárias, enquanto que a participação do pai juntamente com a mãe oferece para a criança um desenvolvimento mais sólido da personalidade porque o trabalho duplo oferece possibilidade maior de uma educação mais eficaz, equilibrada e humana.
A participação do pai pode começar na gravidez, através de um toque na barriga da mãe, de uma palavra de carinho, do acompanhamento nas consultas ao obstetra, entre outros, e obviamente deve continuar depois do nascimento, pois é essencial para criar vínculos e dar referência de comportamento. Antigamente a participação do pai na educação dos filhos se limitava a impor ordens e disciplina. Embora tenha ocorrido determinadas mudanças, essas são tímidas e pouco significativas.
Quando a questão é educar os filhos, a figura materna é colocada em evidência, como se a responsabilidade de educar fosse exclusiva da mãe. Na maior parte das famílias a mulher é quem se preocupa com questões fundamentais como alimentação, vestimenta, saúde, desempenho escolar, entre outros, sendo assim a mulher é quem ainda tem a responsabilidade de educar os filhos.

Pai, figura importante na educação dos filhos



É preciso lembrar que hoje o papel do pai não se resume apenas a exercer autoridade e garantir a segurança financeira à família. Não estamos mais na pré-história, período em que as mulheres cuidavam dos filhos enquanto os homens se encarregavam de buscar alimentos. Ainda hoje podemos notar a permanência dessa divisão de papéis.
É notório que existe ainda uma ausência exagerada do pai na educação dos filhos, o que pode resultar em consequências psicológicas para as crianças, pois a participação do pai serve como parâmetro de comportamento, tornando-se fundamental na construção da autonomia.
Essa participação é tão importante na hora de estabelecer limite quanto na hora de atribuir liberdade, pois, é através disso que a criança vai encontrar suporte emocional e se construir como pessoa humana.
Não está sendo defendida aqui a ideia de que o pai deixe de trabalhar para ficar em casa com os filhos, mas que disponha de um tempo do seu dia para brincar, contar histórias, conversar e cultivar sentimentos de dignidade e competência nos filhos. Afinal é assim que construímos cidadãos éticos. 
Sandra Soares Sarmentopedagoga e pós-graduada em Psicopedagogia pelo Centro de Ensino Superior São Francisco (CESSF), São João do Rio do Peixe, PB.

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